Estou aqui para causar desconforto em vocês

Ontem tive uma aula batuta na pós. Os conceitos passados lá foram legais, a metodologia legal, mas o tanto de frases de efeito lançadas pelo professor me deixaram num bode do tamanho do mundo. É aquela coisa de dizer que não sabe todas as verdades do universo e responder perguntas óbvias com um NÃO SEI, seguido de uma pausa de efeito (mas agir como se fosse o guru do universo), ou de repetir a cada minuto que sua aula é a aula mais inovadora de todas as aulas inovadoras que já inovaram as novidades do novo mundo. “Vocês vão estranhar bastante. Vão se assustar. Mas é assim que eu trabalho.” Ui, diferentão. Tira a roupa e dança conga no lustre então pra ver se assim eu assusto.

Acho que não tenho mais idade pra aplaudir professor que diz que uma coisa obviamente obsoleta ESTÁ MORTA e olhar em volta afetado, aguardando o desespero geral da classe. Ou pra cair no conto do esqueçam tudo o que vocês sabiam até agora. Aliás, acho que nunca tive idade, né, Rebeca?

Pra quem não é leitor de longa data, Rebeca era minha querida personagem dos tempos da faculdade, que viveu na época do apóio com acento e nos tempos em que eu não tinha vergonha de não ser brilhante nas ideias ou no Photoshop.

apoio-a-democracia tempos-barbaros

PS: Rebeca volta nos Vingadores em Willifill.

Dia 19 faz 12 anos que comecei.

Então quer dizer que no próximo dia 19, faz 12 anos que comecei a escrever meu livro.

DOZE fucking anos.

Sabe o que é isso? Sabe o que é começar com uma ideia aos 13 anos de idade e não desistir dela até hoje? Começar com uma ideia antes de sequer começar o colegial, e resolver continuar com ela mesmo hoje, 5 anos de formada na faculdade, com uma vida quase minha. Isso significa alguma coisa. Significa que eu sou teimosa, ou lenta, ou, melhor: que essa história precisa ser contada, de uma maneira ou de outra.

Fucei na minha pasta Willifill empoeirada aqui e encontrei alguns presentes para celebrar a data.

O que me assustou é que a versão final do meu livro, a que eu sigo escrevendo até hoje, começou a ser escrita em 2004. Mesmo a versão mais recente já tem 9 anos. Puxa. Estou feliz. : )

A primeira página da primeira versão, em 19 de fevereiro de 2001:

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Algumas curiosidades: nesta época, Sandro e Manfredo eram os protagonistas da história. Seus apelidos: Sam e Fredo. E não, eu nunca tinha sequer ouvido falar nos personagens de Senhor dos Anéis na época. Outra: 4 anos depois desses escritos, nasceu a filha do meu tio Sandro. Seu nome? Lívia.

A primeira página da versão final, em 10 de outubro de 2004:

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Um desenho (terrível) que fiz do livro em algum momento inicial destes 12 anos:

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E talvez a triste razão pela qual eu demore tanto, trazida à luz pela protagonista de minha antiga tirinha, em 2008:

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post cíclico (sobre rodas)

daí eu estive pegando ônibus por cerca de 4 horas diárias nesses últimos 6 meses. não que eu estivesse viajando muito pela galáxia… é que eu simplesmente andava nos corredores de ônibus de São Paulo nas vias mais congestionadas em plenas seis da tarde. como nas minhas 2 horas de imprestabilidade no trânsito tomar chá não era uma opção, eu calhava de ter que passar o tempo de algum jeito. Daí eu ouvia música (implícito), lia, comia, colocava minhas ligações em dia, tomava banho, tudo no ônibus. E, quando não tinha mais desculpas, criava. Um pouquinho, mas criava. Meu livro, por exemplo, avançou um pouquinho graças a essa rotina. Daí que fiz essa “ilustração que ilustra esse post” há um bom tempo atrás, no começo do ano… pra você leitor ter noção de como eu enrolo pra publicar minhas idéias.

Agora já foi, o post é passado, porque é capaz de eu diminuir minhas horas no trânsito a esse horário [por motivos superiores…] a partir do semestre que vem, mas vou dizer que foram meses de alguma produtividade transportadora.

e o post continua aqui.

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clique para ampliar.

Minha mãe já me deu meu presente de Natal (afinal data não importa, já que não comemoro Natal ^-^). É uma linda camisa com uma estampa da Rebeca (no caso, é ela mostrando o que carrega por baixo da cartola).

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Devia tirar uma foto da camisa, que é uma linda união de dois filhotes meus, a Rebeca e a Supimpa. É simbólico, dá orgulho. Mas a camisa nesse momento está guardada dentro das malas.

Ah, ganhei também uma ovelha pra minha coleção de ovelhas – uma com Allstars de bolinhas. Ano que vem explico essa outra simbologia pra vocês. ou não. 🙂
ap-100.jpg (preguiça de tratar a imagem, tou de férias).

Isso mesmo. Vou viajar e descansar. Volto ano que vem! Gostei do começo desse blog. Foi só o começo. 🙂

2008 felicidades pra vocês em 2008.

Jon Arbuckle no sanatório.

eu gosto de torta.

[esse post estava ótimo. Quando cliquei em Publicar, lá foi ele pro mundo dos posts perdidos. Agora preciso reescrevê-lo. Anotado, que isso vale um post por si só. *suspiro*]

Adoro tirinhas. E venero seus autores. Afinal, não é pra qualquer um conseguir condensar uma ótima piada e quiçá uma crítica social em 3 míseros quadrinhos. Tem uns cartunistas, por Deus, uns cartunistas que conseguem me levar às gargalhadas com três quadrinhos e uma só palavra. Vai ver é por isso que eu adoro tirinhas, venero seus autores, mas são poucas as que me agradam de verdade. As da Folha em geral me irritam (conceito puro e simples não é entretenimento), e as do Metro me levam a um quadro de depressão em poucos minutos. Vai ver eu é que sou chata, vai ver escrever tirinha é dom para poucos.

Um dia eu e a Rebeca chegamos lá, que fique anotado. (ha ha ha.)

Nas tirinhas, a gente raramente vê um personagem sozinho. Um é o carro chefe, e ele sempre precisa de um melhor amigo ou outro coadjuvante como apoio às piadas, pra ele ter com quem falar. É o caso do Haroldo, do Snoopy, da Sarah (melhor amiga de cabelo roxo da Rebeca). Por isso, ao contrário do que acontece nos livros, os protagonistas precisam ter pimenta, deixando os coadjuvantes só coadjuvando mesmo, com brilhos, mas sem muita purpurina.

Um fanfarrão na Internet (dica recebida via Radinho) pegou as tirinhas do Garfield e apagou o personagem e suas falas de todas as tirinhas, acho que pela piada de ver como ficaria. Eu não gosto do Garfield naturalmente, ele é um gato, ele é preguiçoso e odeia segundas-feiras. O ócio me dá preguiças e eu amo segundas-feiras, além de nem gostar tanto assim de lasanha. Não gosto dele e pronto. Vai ver é por isso que achei essa nova versão muito mais engraçada. Afinal, viraram quadrinhos absolutamente nonsense, e nós vemos um Jon Arbuckle que ninguém nunca viu, concentrando todas as patologias psiquiátricas e neurológicas nele. Veja como uma história pode mudar com uma pequena intervenção criativa e divirta-se!

Here’s Jon!

REBECANDO #7

REBECANDO #6

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